O Observatório FGS é um projeto de pesquisa tecnológica, que vem sendo desenvolvido, desde 2010, por uma parceria entre nove universidades brasileiras (UFBA, UFCA, PUC-SP, UDESC, UFTO, EACH-USP, UFRB, PUC-MG), articuladas no âmbito da Rede de Pesquisadores em Gestão Social (RGS), cujo objetivo é contribuir para a discussão, consolidação e expansão da gestão social e das suas propostas de formação, por meio de pesquisas de base e pesquisas aplicadas. Este projeto contou com o apoio da FAPESB e CNPq entre os anos 2011 e 2014.
Iª Edição Presencial da Escola Livre em Gestão Social
A Escola Livre em Gestão Social é um projeto de pesquisa e extensão universitária que busca construir e oferecer processos de formação livre e certificada em gestão social, nas modalidades presencial e a distância, por meio de percursos formativos, de natureza tecnológica, que visem, portanto, a transformação e ampliação das suas bases e de seus repertórios de conhecimento aplicado, para públicos específicos formados por praticantes em gestão social e suas áreas temáticas, envolvidos em processos de políticas públicas, inseridos particularmente no Centro-Oeste e Nordeste do país, composto sobretudo por gestores públicos locais, organizações sociais, organizações comunitária, conselhos locais e outras esferas de participação pública institucionalizada ou em vias de institucionalização.
A Escola Livre em Gestão Social está organizada em duas modalidades: presencial e a distância, nas áreas temáticas já acima apresentadas, no formato de Percursos Formativos em Gestão Social.
A modalidade presencial está estruturada em duas linhas de ação: Edições Presenciais e Encontros Formativos. E esta será a primeira Edição Presencial, que acontecerá como atividade do X Encontro Nacional e Pesquisadores em Gestão Social, que acontecerá entre os dias 21 e 24 de maio em Juazeiro do Norte, sediada pela Universidade Federal do Cariri (UFCA), uma das instituições parceiras da Escola Livre e do Observatório da Formação em Gestão Social.
Todos os percursos estão abertos tanto aos inscritos quantos aos visitantes do evento, desde que tenham realizado previamente a inscrição. Veja o quadro abaixo:
Segunda, 21
Terça, 22
Quarta, 23
Quinta, 24
Manhã
08h00-10h00
MESA REDONDA : A experiência discente da Escola Livre em Gestão Social
Mediação:
Renata Callaça (UnB)
Janaína Peres (UnB)
Participação:
Discentes da Escola Livre da UFCA e UnB
ATELIÊ/MINICURSO (Módulo I):
O pulo do gato: Uma proposta de reflexão-ação, baseada nas Metodologias Integrativas, para ampliar o escopo, a eficácia e a criatividade das práticas de Gestão Social
MINICURSO/ATELIÊ (Módulo II):
10h30-12h30
MESA REDONDA: Extensão Formativa Universitária: experiências e desafios
Fernando Bessa
Magda de Lima Lucio (UnB)
Genauto França (UFBA)
Waléria Menezes (UFCA) Roberto Padula (PUC-SP)
ATELIÊ
Compartilhando representações sobre o meio ambiente
MINICURSO
Desenvolvimento territorial e gestão social
Tarde
Participação, Pesquisa-Intervenção e Gestão Social
Comunicação, Cultura e Políticas Públicas em Comunidades Tradicionais
Gestão de conflitos em governança de territórios
Comunicação comunitária e alternativa: resistência e inclusão comunicacional em projetos de gestão social
Aprendendo a desenhar e experimentar meta-avaliações
Arte Pública: aproximações e experimentações
Os detalhes de cada Percurso Formativo
Abaixo você encontrará o detalhamento de cada percurso formativo proposto. São 40 horas totais de atividades. Lembre-se, porém, que você só poderá se inscrever em um deles, de modo a aproveitar bem a variedade de atividades oferecidas pelo X ENAPEGS! Contudo, solicitamos que você, por favor, nos indique duas opções de curso: uma principal e uma secundária. Faremos o possível para acomodarmos todos os inscritos de acordo com suas respectivas ordens de preferência.
Horários
Segunda-feira, 21 de maio de 2018
14h às 18h
PARTICIPAÇÃO, PESQUISA-INTERVENÇÃO E GESTÃO SOCIAL: MAPA FALANTE
Facilitadora: Profa. Dra. Tânia Keinert (Instituto de Pesquisa em Saúde IS-SP)
Formato: ATELIÊ
Descrição: A proposta de vivência formativa denominada Participação, Pesquisa-Intervenção e Gestão Social, de nível básico, se oferecida no formato de Oficina, no qual os participantes se envolverão na vivência da utilização de um instrumento participativo de pesquisa-ação denominado Mapa Falante. Objetiva-se propiciar uma reflexão sobre as possibilidades como práxis investigativa; lançar o debate sobre a sua inclinação para a transformação participativa num contexto em que sujeitos, pesquisadores e gestores interagem na produção de novos conhecimentos; ressaltando seu caráter formativo-emancipatório
Nível de complexidade dos conteúdos a serem desenvolvidos: BÁSICO
Público-alvo: O público deve ter como escolaridade mínima o ensino médio completo, de forma que técnicos, gestores e alunos de graduação possam participar. Um número mínimo de 14 e um máximo de 22, resultando, portanto, numa média de 18 alunos é o número adequado para o bom desenvolvimento da proposta.
COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA E ALTERNATIVA: RESISTÊNCIA E INCLUSÃO COMUNICACIONAL EM PROJETOS DE GESTÃO SOCIAL
Facilitador: Prof. Alberto Magno Perdigão Silveira (UniNassau/Fortaleza)
Formato: MINICURSO
Descrição: O minicurso trata da comunicação comunitária e alternativa como forma de resistência e de contraposição à exclusão comunicacional na perspectiva da gestão social. Discute o conceito de exclusão comunicacional e analisa as mais recentes pesquisas sobre a atuação da mídia no Brasil. Ao final do minicurso o aluno estará capacitado a fazer uma leitura crítica do sistema comunicacional brasileiro e a se compreender como protagonista no enfrentamento à exclusão comunicacional que afeta os processos e resultados de projetos sociais privados, públicos e do terceiro setor. A metodologia inclui exposições teóricas, apresentação de pesquisas recentes, a exibição de depoimentos em vídeo de especialistas e a discussão de casos frente às realidades locais. Dirigido a profissionais que lidam direta ou indiretamente com a gestão social, estudantes e interessados.
Público-alvo: Qualquer inscrito no evento que trabalhe direta ou indiretamente com a gestão social. Vagas disponíveis: de 6 a 25 pessoas.
Terça-feira, 22 de maio de 2018
COMUNICAÇÃO, CULTURA E POLÍTICAS PÚBLICAS EM COMUNIDADES TRADICIONAIS
Facilitadores: Prof. Nelson Russo Moraes, Alexandre Castro Campos e Fernando da Cruz Souza e Carolina Regazzo
Descrição: A oficina comunicação, cultura e políticas públicas em comunidades tradicionais (proposta pelo GEDGS Grupo de Estudos em Democracia e Gestão Social/UNESP) se propõe a promoção de um diálogo sobre o contexto e a importância do decreto para algumas das mais expressivas comunidades tradicionais por ela delimitadas. O conteúdo será apresentado como tópicos e provocações à participação serão mecanismos para que a dialogicidade possa se estabelecer. Por fim, ao provocar os participantes sobre o papel da academia diante da redução cultural (para além de territorial) sofrida durante séculos pelas comunidades tradicionais, pretende-se (como produto final) articular uma trilha para a estruturação da Rede Internacional de Pesquisadores Sobre Comunidades Tradicionais.
Nível de complexidade dos conteúdos a serem desenvolvidos: INTERMEDIÁRIO
Público-alvo: Universitários, professores e demais pesquisadores interessados no tema. Vagas disponíveis: de 6 a 25 pessoas.
APRENDENDO A DESENHAR E EXPERIMENTAR META-AVALIAÇÕES
Facilitadores: Nara Lis Pimentel Gomes (UnB), Victoria Argeu Gonçalves (UnB), Camilla de Moura Alves (UnB) e Rosana Boullosa (UFBA/UnB)
Descrição: O campo de práticas e conhecimentos em avaliação enfrenta grandes desafios para consolidar-se no país. Um deles é, sem dúvida, a baixa utilização de seus resultados. Os motivos são muitos, mas nesta oficina propomos enfrentar um deles: as dificuldades de leitura de avaliações. Assim, esta oficina busca desenvolver nos participantes competências de leitura formal de produtos de avaliações, seja eles relatórios finais, parciais, sínteses ou sumários descritivos. Esta leitura formal deverá avançar para uma leitura avaliativa, o que significa avaliar avaliações. Para ser mais precisos: meta-avaliar. A ideia é introduzir os participantes ao universo das meta-avaliações, com sua gramática própria, que envolve método e outras particularidades, por meio de exercícios guiados e coletivos de interpretação e desenho.
Público-alvo: Gestores sociais, ligados ou não à Universidade, que desejem expandir seus conhecimentos na leitura mais formal e sistematizadas de produtos de avaliações. Vagas disponíveis: de 6 a 20 pessoas.
Quarta-feira, 23 de maio de 2018
08 às 12
O PULO DO GATO: UMA PROPOSTA DE REFLEXÃO-AÇÃO, BASEADA NAS METODOLOGIAS INTEGRATIVAS, PARA AMPLIAR O ESCOPO, A EFICÁCIA E A CRIATIVIDADE DAS PRÁTICAS DE GESTÃO SOCIAL (MÓDULO I)
Facilitadores: Valéria Giannella (UFSB), Elissandra Inácio Costa de Carvalho (UFCA) e Bruno Basílio da Silva Sales (UFCA)
Formato: Ateliê tecnológico composto por dois módulos de 4 horas, totalizando 8hs de atividade,
articuladas nos três movimentos seguintes: Prática (ATELIÊ), Teoria (Mini-curso), Prática
(ATELIÊ).
Descrição: Em dois módulos de quatro horas, desdobraremos um percurso reflexivo que a) move das práticas dos participantes; b) propõe algumas contribuições teóricas a partir do referencial das Metodologias Integrativas - MI, em direção à maior compreensão de suas forças e fraquezas e de ampliação de sua eficácia, e c) termina voltando à prática, com uma bagagem maior em termos de compreensão e ferramentas teórico-práticas à disposição do gestor/a. O 1º módulo (4hs), relativo ao movimento prática teoria consistirá no percurso de avaliação entre pares (os participantes) das práticas de Gestão Social em que estão envolvidos; na identificação de pontos de força/fraqueza,elementos que aumentam as chances de eficácia/ineficácia das práticas; e no diagnóstico individual sobre o grau de saúde de suas práticas. Aproximação à proposta das MI e sua relação com a ampliação do acesso à participação e a eficácia das práticas; Gestão social e ecologia de saberes.
Nível de complexidade dos conteúdos a serem desenvolvidos: AVANÇADO
Público-alvo: É desejável que os inscritos possuam laços ou afinidades com a extensão universitária, estejam envolvidos em projetos e/ou ações de gestão social e dispostos/desejosos de refletir criativamente sobre suas práticas. São bem vindos gestores públicos, pesquisadores, docentes, estudantes e líderes comunitários interessados em valorizar em suas práticas toda a riqueza do humano. Vagas disponíveis: de 15 a 20 pessoas.
COMPARTILHANDO REPRESENTAÇÕES SOBRE O MEIO AMBIENTE
Facilitador: Paulo Thiago Nunes Bezerra de Melo (UFRPE)
Descrição: O conteúdo da oficina abrange a discussão sobre desenvolvimento sustentável e representações sociais, enfatizando as representações sobre o meio ambiente, o núcleo central e o sistema periférico das representações, bem como o grau de compartilhamento de representações. O propósito da oficina é produzir, com os participantes, uma concepção coletiva sobre o meio ambiente, a partir da sistematização das opiniões do público, avaliando o compartilhamento de suas impressões individuais à luz da teoria das representações sociais. No primeiro momento, serão definidos grupos de participantes com base em suas expertises. Em seguida, cada grupo irá registrar sua opinião sobre o meio ambiente. Na sequência, os registros serão tratados e analisados, revelando o grau de compartilhamento das representações. Ao final, será apresentado um portfólio de estudos, difundindo o conhecimento das representações sociais sobre o meio ambiente já indicadas na literatura. As representações acerca dos problemas socioambientais e suas soluções cumprem um papel importante na qualidade das instituições para o processo de desenvolvimento.
Público-alvo: Estudantes de graduação, pós-graduação, docentes e profissionais interessados nas áreas de desenvolvimento e meio ambiente (máximo de 25 participantes)
14 às 18
GESTÃO DE CONFLITOS EM GOVERNANÇA DE TERRITÓRIOS
Facilitadores: João Martins de Oliveira Neto e Rosélia Maria Soares Mesquita
Descrição: Nessa sessão, demonstraremos como utilizar o Modelo de Gestão Social de Conflitos em Governança de Territórios MGSCGT, nas escutas dos colegiados de gestão territorial, fundindo teoria a prática prática a teoria. Esse processo de diálogos e escutas serão ricos de aprendizagens a medida que os participantes, envolvidos pela busca de mecanismos que possam gerar soluções para as situações de conflitos vivenciadas nesses colegiados, contribuam com suas experiências e ensinamentos para uma solução satisfatória de utilização do conflito como elemento de inovação para gestão social do território. O trabalho aporta uma Tecnologia Social de gestão de conflitos, podendo ser utilizada pelos gestores sociais dos Territórios de Desenvolvimento para melhorar o desempenho organizacional e coletivo do grupo envolvido através da geração e compreensão de conhecimentos sobre socialização por conflitos.
Público-alvo: Todos os participantes do X ENAPEGS serão bem-vindos a oficina. Principalmente aqueles/ aquelas que estejam envolvidos em processo de tomada de decisões nas Instituições Participativas (Comitês, Fóruns, Redes, Colegiados) dos seus territórios.
Facilitadores: Fernando Bessa (UNB), Janaína Peres (UNB), Flavio Marzadro (UFBA) e Calos Eduardo Monteiro (UNB)
Descrição: O que é arte pública? Quem a define? A oficina Arte pública: mapeando práticas foi desenvolvida com o intuito de lançar luz sobre contextos reais e de dar suporte às experiências e práticas artísticas cotidianas de grupos locais. Neste ateliê, propomos a produção de mapas não apenas no sentido geográfico, mas social/etnográfico de intervenções artísticas (oriundas de experiências e práticas dos participantes inscritos) que constituam, também, casos relacionados (ou relacionáveis) à gestão social.
Por meio desta abordagem, pretendemos criar contextos de reflexão acerca de como a arte pública pode fomentar a construção de espaços mais favoráveis à interação social e à aprendizagem coletiva. A partir disso, pretendemos constituir um espaço de reflexão alicerçado na ideia de que há diversas formulações possíveis acerca do que é (ou pode ser considerado) arte pública. Propomos, além da reflexão sobre os rebatimentos da arte pública no território e na gestão, a produção coletiva de outros significados, a partir de experiências e práticas individuais e coletivas.
Público-alvo: estudantes de graduação ou pós-graduação, artistas, arte educadores, gestores sociais, ligados ou não à Universidade, que desejem expandir seus conhecimentos sobre arte pública e seus rebatimentos no território e na gestão. Vagas disponíveis: máx. 25 pessoas.
Quinta-feira, 24 de maio de 2018
O PULO DO GATO: UMA PROPOSTA DE REFLEXÃO-AÇÃO, BASEADA NAS METODOLOGIAS INTEGRATIVAS, PARA AMPLIAR O ESCOPO, A EFICÁCIA E A CRIATIVIDADE DAS PRÁTICAS DE GESTÃO SOCIAL (MÓDULO II)
Descrição: Neste 2º módulo (4hs), pautado no movimento teoria prática, iniciaremos do ponto de chegada da 1ª parte. Retomaremos os conceitos e referenciais levantados e seguiremos com: mini vivencia de MI. Roda de conversas e perguntas/reflexões dos participante sobre as MI e seu potencial. Releitura das práticas de GS dos participantes a partir das contribuições /reflexões desenvolvidas na parte anterior.
Nível de complexidade: AVANÇADO
Público-alvo: Participantes do primeiro módulo.
DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL URBANO: COMO SÃO CONSTRUÍDOS OS PROBLEMAS PÚBLICOS EM NOSSAS CIDADES?
Facilitadores: Renata Callaça (UnB), Jessica Aparecida Militão Facundo (UnB) e Grazielly Conceição Lima (UnB)
Descrição: Os problemas públicos são construtos sociais resultantes dos interesses de pessoas, grupos sociais e/ou instituições. Precisam ser reconhecidos como problemas por um grupo que o possa delimitá-lo, entendê-lo e ter interesse em buscar formas de resolvê-lo, diminuí-lo ou transformá-lo. A vida em uma cidade é permeada por novos e antigos problemas. Mas, quais desses problemas alcançam efetivamente a capacidade de se tornarem públicos e entrarem na agenda de elaboração de políticas públicas? Essa oficina pretende estimular a leitura da população local sobre a identificação de problemas compreendendo, simultaneamente, como eles são estruturados/construídos. Trata-se de uma oficina de interpretação da vida cotidiana.
Público-alvo: É recomendado que os inscritos já estejam envolvidos com a temática da gestão do desenvolvimento territorial urbano. Vagas disponíveis: máx. 25 pessoas.